O teu amor se faz presente,
inconseqüente,
no arquitetar dos meus planos
e na descoberta dos meu enganos,
na lágrima dos meus tristes sonhos
até a alegria dos mais risonhos,
no planejamento dos meus atos
e na sutileza dos meus desacatos,
nos longos intervalos da minha espera
e no feliz encontro da minha quimera...
O teu amor se faz presente,
inconseqüente,
na taça cristalina do meu vinho
e nas menores curvas do meu caminho,
nas entrelinhas das minhas histórias
e na conquista das minhas vitórias,
no ritmo acelerado do meu compasso
e em toda a extensão do meu espaço,
nas longas histórias que eu contei
e no beijo esperado que não te dei...
O teu amor se faz presente,
Inconseqüente,
no balanço acelerado da minha canção
e nos prementes anseios da minha oração,
nas milhares de razões da minha vida
e na cicatriz apagada da minha ferida,
na expressão cansada do meu rosto
e nas marcas profundas do meu desgosto,
nas linhas cruzadas da minha mão
e no recôndito mais escuro do meu coração...
O teu amor se faz presente,
inconseqüente,
nas causas e efeitos dos meus gritos
e nas resoluções de todos os meus conflitos,
na espera prolongada das minhas decisões
e no explodir alegre das minhas emoções,
nos monstros escondidos dos meus segredos
e na guerra acirrada com os meus medos,
nos limites estritos da minha justiça
e nas bênçãos finais da minha missa...
Teu amor se faz presente,
inconseqüente ...
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