Deslumbrado por delírios alucinantes,
Vive fantasiado, ateado a uma mera ilusão,
Que avigora seus desejos mais fascinantes,
Tornando insensatos os ultrajes do coração!
II
Comete loucuras, conseqüências do amor,
Que inconseqüente nos deixa transtornados,
Irrequieto o peito dormente emana uma dor,
Sujeitando-nos aos desatinos desvairados!
III
A cegueira da alma refletida em alegoria,
Traz-lhe um momento de paz e de alegria,
Tornando a vida uma fábula, uma mitologia!
IV
A intransigência do acaso lhe dá coragem,
Comete um disparate, simples bobagem,
De viver alucinado, uma vida de miragem
Autor Virgílio Nascimento
quarta-feira, 28 de abril de 2010
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